Nos últimos dias, mais um caso de agressão envolvendo PM, e dessa vez, a vítima é o jovem que ficou conhecido como Salvador da Rima. O caso ganhou repercussão após um vídeo que mostra a prisão do cantor de funk e rap nas redes sociais no sábado. A Polícia Militar alega que a prisão foi legal. A segurança disse que os policiais estão reprimindo multidões e sons altos, mas que vão investigar sua conduta, que utilizou um golpe proibido pela corporação.
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Salvador da Rima é agredido
Neste sábado (27/02), o cantor de rap/funk, conhecido como Salvador da Rima foi detido pela polícia dentro de sua casa na Zona Leste de São Paulo. Além disso, De acordo com vídeos que circulam na internet, o artista e o amigo foram rendidos pelos policiais com um golpe chamado mata-leão e também chutes.
O vídeo foi publicado no perfil do MC Jeh da 6 e mostra o cantor sendo retirado de sua casa pela polícia. Durante a detenção, o cantor é chutado, imobilizado e enforcado. As pessoas que estavam no local tentaram impedir, entretanto os policiais, com armas em punho, pediram que todos se afastassem. Gás de pimenta foi jogado contra as pessoas.
“Amanhã [segunda-feira (1º)] eu falo tudo o que aconteceu, ressaltando desde já que não desacatei nenhum policial”, escreveu o músico no seu Instagram após ter sido solto ainda no sábado (27), na delegacia. “Estou 100% pleno de minha razão e ao contrário da versão mentirosa que os ‘policiais' passaram de que desacatei e resisti, isso não ocorreu em nenhum momento”.
Mata-leão
‘Mata-leão' é o nome do golpe que foi realizado no cantor, o golpe no qual uma pessoa usa a chave de braço sobre o pescoço de outra pessoa para imobilizá-la. Entretanto, a técnica está proibida no estado pela própria PM, desde julho de 2020. A decisão ocorreu depois de a corporação revisar seu protocolo em meio à onda de protestos contra a violência policial. Para entidades de direitos humanos, o ‘mata-leão' pode machucar e até matar.
Além disso, o vídeo mostra um policial apertando o pescoço de MC Salvador da Rima com uma das mãos, tentando esganá-lo, o asfixiando. Segundo os advogados do artista, os PMs cometeram “abuso de autoridade”.
Em resposta da PM em meio de nota, a PM alegou que a prisão do cantor tenha sido legal após denúncia de pessoas suspeitas próximas a uma “festa no bairro”. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) deu outra versão: a de que a Polícia Militar foi acionada para coibir “aglomeração de pessoas e som alto”.
Fonte: Instagram
